No dia seguinte, o Júlio me convidou para irmos logo ver as
origens da minha família, no extremo leste do país, região da Guarda, onde ele
possui casa de veraneio e precisava colher cerejas! Isto já mudaria meu planejamento de viagem no primeiro dia, mas não poderia recusar o convite vindo de pessoas que tão bem me receberam (os portugueses sabem como ninguém receber seus parentes)! Ao longo da estrada, por alguns kilometros, dezenas de cegonhas tomavam conta dos ninhos no alto das torres de
transmissão ou em grandes árvores. Nesta
época elas retornam em bandos aos ninhos feitos em anos anteriores para colocar
de 3 a 4 ovos.
Paramos em Gavião para almoçar. O almoço por 9 euros
cada, incluía uma jarra de vinho branco, pães, primeiro prato (sopa), segundo
prato e sobremesa (leite creme)...em Portugal come-se bem e com um preço acessível! Ao longo
de toda a viagem, os preços que paguei nas refeições variaram entre 5 e 12
Euros.
Almoço com os queridos primos |
tradicional "leite-creme" português |
No meio da tarde chegamos em Mizarela, uma
aldeia com pouco mais de 100 habitantes, mas que chegou a ter 5 vezes mais na
década de 60. Situada no vale do Mondego (importante rio que nasce não muito
distante dali), a abundância de água e seu clima frio tornam a região muito
fértil. Por estar ao pé da Serra da Estrela, em invernos rigorosos pode-se
observar por alguns meses a neve que cobre as partes mais altas.
Mizarela era o símbolo daquilo que procurava como aldeia! Casas
de pedras com estábulo na sua parte inferior (ainda abrigando cabras e outros animais), ruas ainda da
época do Império Romano, um forno comunitário para fazerem seus pães e os
tradicionais enchidos portugueses (chouriço, morcela, presuntos, etc.).
Junho é época das cerejas e quase toda casa
tem uma cerejeira no quintal...o querido Júlio veio com uma cesta cheia...comi
um monte, claro!
Um comentário:
parabéns
Postar um comentário