Segui cedo para a Vila de Cascais, a 30 minutos do centro de
Lisboa e no caminho para Sintra. Lugar badalado onde alguns famosos de Portugal
costumam ter suas casas de praia. Parei na Casa da Guia, um point bacaninha a
beira-mar onde tem alguns bares e
restaurantes. Comi um açaí na tigela (de um brasileiro que montou seu negócio
alí) e segui para a Praia do Guincho onde tem um bar, do mesmo nome e que fica
lotado aos finais de semana. Eu havia marcado de me encontrar com o a Lú Galucci, uma amiga que
está a mais de dois anos só viajando pelo mundo! Também encontramos com um
casal de amigos dela na praia e que recém deixaram o Brasil por conta da
violência e do desgosto com os rumos que o nosso país está tomando. Ficamos ali na areia por quase duas horas
debatendo sobre o Brasil!
Praia do Guincho |
Em mais 15 minutos pela estrada cheguei ao Cabo da Roca, que
é o ponto mais ocidental do continente europeu e por consequência o mais
próximo da América do Norte. Vale uma parada para fotos junto ao farol!
Cabo da Roca |
Eu não sabia que a estrada para se chegar ao Palácio da Pena
em Sintra fosse tão maravilhosa! É um prazer dirigir por estas estradas
apertadas, repleta de pinheiros... e cheias de curvas! Me senti numa corrida
dos anos 60, ainda mais porque alguns carros de corrida da época estavam na
minha frente a fazer um passeio, mas quase não há espaço para
ultrapassagens. Sintra tem várias atrações, como por exemplo o Castelo dos
Mouros, o Palácio Nacional, Palácio de Monserrate, Palácio da Regalera, só para
citar alguns palácios, mas tem um que é realmente incrível e não é a toa que
foi escolhido uma das 7 maravilhas...o Palácio da Pena! É a atração mais cara que
paguei em toda a viagem 14 Euros para entrar, mas vale cada centavo! Tudo ali é
super bem cuidado, com pessoas e indicações a orientar cada ambiente deste imenso
palácio que se destaca por suas paredes pintadas em cores fortes, contrastadas
por outras paredes em azulejos da época
de sua construção. Este contraste também é percebido nos seus vários estilos,
sendo que no final achei que o que prevaleceu mesmo foi um estilo meio árabe, meio
indiano.
Palácio da Pena |
Palácio da Pena - interno |
Dentro do Palácio encontramos a pequena Capela de Nossa
Senhora da Pena. Apesar do tamanho, ela é rica em símbolos. Fiquei
ali uns 15 minutos observando os detalhes. O Vitral, datado de 1841 é um show a
parte. Destaco as quatro figuras a começar por Nossa Senhora da Pena e São
Jorge (parte superior), Vasco da Gama e D. Manuel I (parte inferior).
Fiz uma filmagem interessante que resume bem o que é o
Palácio e sua história.
link Filmagem Palácio
Eu me programei para chegar a Óbidos ainda de dia, pois
sabia que lá teria mais opções de hotéis para dormir; porém, quando estava no
caminho achei melhor parar na Vila de MAfra para abastecer...eis então que me aparece
do lado direito um prédio gigantesco! Era o Convento de Mafra!
Fachada do Convento de Mafra |
Na frente do Convento, que diga-se de passagem está muito
bonito por fora, havia um centrinho comercial com mesinhas na frente dos
restaurantes e uma pequena feirinha de comidas e artesanatos locais. Todo este
cenário era tão convidativo que não tive como não parar! O Convento, que também
é chamado de Palácio de Mafra, que é do séc XVII, chegou a abrigar 330 frades, mas foi
abandonado em 1834. Fiquei chateado por
já chegar num horário em que já estava fechado para visitas e por saber que
nele existe uma das maiores bibliotecas da Europa, com o piso todo em mármore e
estantes de madeiras nobres! Segundo a Alexandra, uma simpática dona da Pastelaria
Polo Norte (uma das melhores pastelarias que eu vi em toda a viagem), eu deveria ter chegado mais cedo para conferir. Eu sai da
pastelaria com uma embalagem que ela vende lá com 6 unidades de pastéis de
nata e outras 6 de Fradinho (doce típico de Mafra a base de feijão com amêndoas)...fui comendo no caminho e ainda sobraram alguns para a madrugada em Óbidos....muito bom!
Pastel de Nata e Fradinho |
Cheguei na Vila de Óbidos já de noite, umas 22h. Tentei
encontrar algum hotel barato dentro da muralha, mas logo desisti...todos caros.
Fiquei numa Albergaria muito boa do lado de fora, mas logo
na entrada da Vila. O local tinha um bar bacana onde fiquei conversando com o
gerente e um hóspede português, enquanto comia uma tosta mista. Depois assisti
a um documentário inglês muito bem feito sobre o terremoto de 1755 que devastou
boa parte de Portugal. Eu não tinha ideia de tamanha destruição. Eles estimam
que o Terremoto atingiu 8,5 graus na escala Richter. Para piorar,
foi seguido de uma enorme Tsunami provocando ondas de 20 a 30
metros, devastando 85% de Lisboa e deixando mais de 70.000 mortos.
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